Tales Frey


“Embora eu não tenha a intenção de encaixar o meu trabalho de performance ao vivo em uma categoria específica, eu o compreendo em parte como uma arte plástica em movimento e até mesmo como uma espécie de escultura cinética, uma vez que utilizo o corpo humano como suporte para criar relevos, definir formas e espaços, proporcionando tridimensionalidade a cada trabalho produzido, negando muitas vezes as relações com a frontalidade clássica das artes cênicas e com a matéria inerte das artes plásticas. De maneira oposta à ideia de movimento frenético, eu poderia nomear grande parte dos meus trabalhos como uma coreografia não necessariamente submissa ao imperativo da cinética”.

(Tales Frey)

www.ciaexcessos.com.br
Instragram: @talesfrey
Vimeo: ciaexcessos

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Sissyparity, 2020 “Sissy” é um termo pejorativo usado para rotular um indivíduo como efeminado. Em biologia, cissiparidade (scissiparity) refere-se à divisão de uma única célula em duas. Nesta criação, apresento o meu próprio corpo adornado com acessórios ditos femininos em uma cultura cisheteronormativa, provocando a ilusão de que, a partir de um único...

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Tapete Vermelho, 2020 Tapete Vermelho consiste em um único indumento para ser usado por duas pessoas ao mesmo tempo, impondo a condição escultórica aos que partilham o tempo de três horas num mesmo espaço expositivo, onde a comunhão dos corpos alude ao convívio entre existências diversas, igualando singularidades em importância por meio da ênfase das...

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Triunfo, 2019   https://vimeo.com/348951013   O importante é que a luta dos oprimidos se faça pra superar a contradição em que se acham. Que esta superação seja o surgimento do homem novo – não mais opressor, não mais oprimido, mas homem libertando-se. — Paulo Freire    A ação consiste em dois performers a utilizarem um único par especial de luvas...

Tales Frey

Melodia Visual, 2019 Com Melodia Visual, insinuo a materialização do som ao tocar as notas de um piano com auxílio de varas de madeira e PVC, sendo todas elas padronizadas na mesma coloração vermelha. Neste trabalho, através do qual exprimo a propagação do som no espaço, proponho a apresentação ao vivo que culmina numa instalação, a qual poderá...

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Penetras, 2019 Penetras não é uma obra para ser ativada pela audiência em exposição. Trata-se de um indumento especial para ser vestido por três pessoas ao mesmo tempo em eventos e situações específicas, onde uma única possui livre acesso, enquanto as outras duas entram como “penetras”. A ação é ativada em festas privadas, vernissages, reuniões,...

Tales Frey

Il Faut Souffrir pour Être Belle, 2018 Sobre as pontas de dois pregos grandes, apoio os meus calcanhares e equilibro-me sobre tais objetos por um pequeno recorte de tempo, aludindo ao uso do salto alto e a relação da moda e do ideal de beleza à dor. Fatalmente, o mito de Aquiles é incorporado não apenas pelo signo dos calcanhares como pontos frágeis do...

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Conjunto Sensível, 2018. Obra é criada com base no pensamento de Bernard Stiegler sobre a ideia de “conjunto sensível”, sendo uma expressão usada para refletir sobre um problema basilar do pensamento político que consiste em propor garantias de vivências harmônicas em uma unidade comum, considerando as suas variadas singularidades e dessemelhantes...

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O Corpo Nunca Existe em Si Mesmo, 2018  Poses simples e aleatórias executadas por corpos desprovidos de identidade em tempos curtos e controlados. É desta maneira que cinco performers utilizam as suas massas corpóreas ora para remeterem à dança, ora para lembrarem a escultura. Em alusão à escultura surrealista de Man Ray, Objeto a ser Destruído (1923),...

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O Corpo Nunca Existe em Si Mesmo – 120 bps, 2020 Embora o vídeo “O corpo nunca exista em si mesmo - 120 BPM” apresente corpos separados por demarcações precisas, expõe a maneira como os indivíduos são interdependentes em uma composição coletiva em que suas massas corporais fazem referência à escultura e à dança. Trajes idênticos são invólucros de...

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O Corpo Nunca Existe em Si Mesmo – Variante I, 2018  Cinco performers transitam durante uma hora, lado a lado, com os seus pés conectados por sapatos especiais. Por um lado, presumimos um harmonioso convívio entre as singularidades distintas que estão expostas e, por outro, percebemos as suas diferenças alinhadas em um condicionado viver em...

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Finitas Contagens para Infinitas Variações, 2017    Finitas Contagens para Infinitas Variações é uma performance duracional fundamentada na noção de que a identidade não pode ser apresentada como uma unidade fixa; ela está em constante construção, multiplicando-se sempre em identidades movediças, com as quais nos identificamos apenas temporariamente.A...

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Estar a Par, 2017Calçando um mesmo par de sapatos com entrada para quatro pés, proponho uma convivência de duas horas ininterruptas com meu marido, Mãe Paulo, com quem percorro, em silêncio, toda a área delimitada para a ação acontecer. O design do objeto força que nossos corpos estejam posicionados um de frente para o outro e que nossos passos se...

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Estar a Par – Passo a Passo, 2019 Um objeto excêntrico – um mesmo par de sapatos com entrada para quatro pés – força dois corpos a se posicionarem um de frente para o outro e, à medida que eles se movimentam, os seus passos se assemelham aos de uma dança e os estrondos gerados podem ser compreendidos como música de ruído.  

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Ponto Comum, 2017.     Visualmente, proponho uma espécie de escultura cinética em que dois corpos – conectados sob o auxílio de um indumento específico – convivem por um tempo estipulado dentro de um único traje, o qual faz com que ambos pareçam dançar grudados pelo espaço.Se por um lado, podemos imaginar a convergência de duas vidas, por outro,...

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F2M2M2F, 2015Dois performers posicionam-se frente a frente, com seus corpos quase encostados, sendo que, na altura de seus rostos, há um espelho de dupla face, sobre o qual cada artista investirá um beijo com duração de uma hora, cujas bocas estão coincidindo na mesmíssima altura. Os trajes são subvertidos com relação à cultura heterocentrada: o...

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Be (on) You, 2016Dois corpos ditos masculinos cisgêneros beijam suas próprias imagens refletidas em um único espelho de dupla face durante uma hora ininterruptamente, enquanto transitam pelo espaço.  

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Ilha #3 (Políptico), 2016Menção Honrosa na II Bienal Internacional de Arte Gaia 2017. Vila Nova de Gaia, Portugal.Esta obra foi desenvolvida em residência artística no Fjúk Arts Centre em Húsavík na Islândia entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

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Ilha #1, 2016 Em Ilha #1, apresento o meu corpo em diálogo direto com a paisagem glacial islandesa e, como uma ilha, a minha matéria corpórea é exposta em contraste com o território que o circunda e, inversamente, em completa aproximação com o mesmo, quando coloco-me cercado de água (em estado sólido) por todos os lados.Esta obra foi desenvolvida em...

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À-Terra-Dor, 2014Artista Revelação no 18º Salão Contemporâneo pertencente ao Salão de Artes Plásticas de Catanduva. Catanduva-SP, Brasil, 2014. À-Terra-Dor funciona como uma tentativa metafórica de rebobinar o tempo, de driblar o inevitável para corromper a natural degradação da matéria. Com esse trabalho, a finalidade é transformar um funcionamento...

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Entrar no Samba, 2013Entrar no Samba é uma videoperformance que faz clara menção ao ato de repressão, sob uma conjuntura que produz certa conotação sexual e, em algum aspecto, um teor bem-humorado, apesar da violência do ato em si.“Menino, você vai entrar no samba!”. Na minha infância, essa era a frase que ouvia dos meus pais quando eu era ameaçado de...

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Por Favor Não Tocar, 2015Em um buraco feito em uma parede branca de uma galeria, a partir do lado de dentro dela, encaixo a minha bunda e permaneço por aproximadamente duas horas a exibi-la como obra, fazendo com que a audiência tenha apenas acesso a esse recorte do meu corpo.A bunda não fica posicionada em sua altura real; ela é apresentada a 1,60 m de...

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Atendo ao Molde, 2013Gerúndio do verbo ater e presente do indicativo do verbo atender. Eu me comprometo com um molde: considero esse padrão e tento fixá-lo no meu corpo. Um processo árduo, doloroso, que pressupõe uma transformação da minha silhueta corporal sob forma de queimaduras. Pareço abster-me da forma natural das minhas mãos para tentar “vestir” um...

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Indestrutível, 2015 Performance. 60 minutos.Com elementos lúdicos alimentícios e decorativos, os quais remetem às festas de aniversários infantis, construo uma massa corpórea similar ao meu corpo, buscando uma idêntica silhueta. Tal objeto é destruído no espaço diante do público para que as partículas coloridas se reintegrem em outras matérias vivas e...

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Reverso, 2014 No dia 20 de junho de 2013, apresentei o primeiro trabalho de uma série de performances em que assumi o compromisso de converter o rito de passagem dos meus aniversários em procedimentos artísticos que aludam ao que conhecemos por memento mori.Reverso, segunda criação dessa série, é uma espécie de regressão à minha origem; é o avesso do...

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Proxim(a)idade, 2013     Na data de comemoração da minha próxima idade, uso meu corpo como campo simbólico para converter signos que marcam o ritual de passagem do meu aniversário em anúncios da proximidade com a minha morte. Do festejado novo ano de vida, assinalo o anúncio do meu falecimento. A temporária juventude e beleza dão lugar à senilidade...

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Re-banho, 2010Performance/ritual que envolve o ato de banhar-se como forma de purificação, de benção, simbolizando o batismo e a repetição de um ritual que se pratica habitualmente (como ir à missa aos domingos para receber a água “benta”). Ao mesmo tempo, a performance faz retumbar o que Nietzsche, há mais de um século, afirmou contra os limites da noção...

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Cento e Trinta e Duas Figuras Corpóreas Como Mediações Sígnicas, 2020Esta videoarte foi criada em âmbito da licenciatura em Teatro da Universidade do Minho, para onde o artista foi convidado para ministrar uma disciplina prática, através da qual recebeu plena liberdade para elaborar uma obra juntamente com as(os) alunas(os) do curso.

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Vestido, 2014-15 O trabalho foi concebido a partir de uma performance realizada em quatro etapas: dia 20 de outubro de 2014 e dias 14, 15 e 19 de maio de 2015, sendo que a ação funciona como um estudo sociopolítico específico, cujo ambiente corresponde a uma mesma via de dois nomes da cidade do Porto, situada entre a Torre dos Clérigos e a igreja de Santo...

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Vidrar, 2015Sobre uma superfície de vidro, exponho uma figura fantasmagórica e vidrada a executar uma única ação com auxílio de um batom vermelho. Ininterruptamente, aplico beijos sobre uma superfície transparente de vidro até que a mesma fique completamente translúcida e manchada pelo tom ruborizado da maquiagem em sua totalidade, até tornar turva a...

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O Outro Beijo no Asfalto, 2019   Performance que compõe a série Beijos. Se no texto O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, os transeuntes e a imprensa do Rio de Janeiro foram impiedosos com o personagem Arandir, a transposição desse texto para performance não haveria de ser tão diferente, quando, numa experiência entre dois artistas, através de um...

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Indicador, 2019

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Pé-direito alto, 2020

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