Pars Artem

17 de janeiro, 2020. Celebra-se mais um Aniversário da arte. O 1 000 057.º aniversário

Na sala superior do C.A.P.C. Sede, coloquei a folha de papel enrolada, como se fosse uma coluna. Chego descalça, vestida de preto, abeiro-me da folha e entro para o seu interior, desapareço, lá fora ouve-se o riscar dos meus dedos na folha. Saio estou vestida de branco, de mãos e pés atados, empunhando os dois molhes de lápis e com 3 lápis na boca. Deito a folha, vou para cima dela, roço-me, esfrego-me, risco, em acto continuo, até não poder mais, ofegante, até ficar com queimadoras de fricção, até o meu sangue se perder no meio dos riscos, até ficar sem forças, ofegante. Quando os lápis se gastam sento-me sobre o desenho, trazem o bolo riscado (que o pasteleiro fez com a minha ajuda). Coloco o bolo em cima do desenho, e à medida que as pessoas se sentam sobre ele vou servindo-o. A acompanhar duas bebidas vermelhas e amargas. “Viva a Arte!”