Diálogo 1

Os objetos Diálogo da série Arqueologia do Futuro são produzidos com materiais diversos, apresentado uma cena com dois protagonistas em contraposição. Na maior parte desses objetos, são usados bonecos de brinquedo de plástico, pintados com minerais e imersos em uma argamassa de cimento. São “situações arqueológicas”; críticas às situações imaginárias do presente e do futuro.

Objetos nas Artes Visuais

O objeto tem suas origens nas assemblages cubistas de Picasso, nas invenções de Marcel Duchamp e nos objects trouvés (objetos encontrados) surrealistas. Em 1913, Duchamp instalou uma roda de bicicleta sobre uma banqueta de cozinha, abrindo a rota para o desenvolvimento dessa nova categoria das artes plásticas. No ano seguinte, comprou um porta-garrafas em um bazar de Paris e o assumiu como obra. Nesse processo, revelaram-se as primeiras aparições de uma forma inédita de arte que compreende a seleção, a apropriação e a apresentação no circuito artístico de objetos comuns, do cotidiano, escolhidos com indiferença visual intencional, que o artista chamou de ready-mades (que pode ser livremente traduzido como encontrados prontos). Com eles foi iniciada uma revolução em que a lógica de estruturação de uma obra de arte foi negada: o valor da arte foi deslocado da obra realizada para o ato de fazê-la [Fonte: Trecho do livro Arte no Brasil 1950 - 2000 Movimentos e Meios, Cacilda Teixeira da Costa, Ed. Alameda].